terça-feira, 1 de novembro de 2011

História da Música e seus conceitos contemporâneos

"Vivemos imersos em música". A expressão é contemporânea e latente. No mundo digital, globalizado, a música nunca esteve tão presente quanto hoje. O que seria da televisão do século XX e do cinema hollywoodiano sem a música? Até mesmo o rádio, que perdeu (e muito) força ao longo dos anos 80/90, nada seria sem a música. Raríssimos são os dias que terminam, sem que você ouça uma música, ainda que ao longe. Mas, porque a música se tornou tão importante para o ser humano? Porquê algumas pessoas dizem não saber viver sem música, ao passo que tem aquelas que rejeitam todo e qualquer estilo musical? O que seria da mídia sem a música? Como podemos avaliar a música contemporânea em face da música clássica? Vamos falar um pouco sobre isso...
Do quê ou como é formada a música?
A música é feita de sons, descritos segundo quatro parâmetros:
Altura: frequência definida de um som. É o que diferencia um som de um ruído. Não confunda com volume.
Ritmo: distribuição inteligível dos sons (e silêncios) no tempo
Intensidade: a força relativa de um som em relação a outros
Timbre: qualidade dos sons. Diferencia a mesma altura tocada em dois instrumentos diferentes
Melodia: "Toda e qualquer sucessão inteligível de sons" é uma definição suficiente para abarcar os mais variados estilos. A melodia é o que você assobia quando se lembra de uma canção. Série de sons, dos quais resultam cantos regulares e agradáveis. Conjunto de sons sucessivos, que formam uma ou mais frases musicais. Qualidade de um canto agradável. Peça musical, suave, para uma só voz ou para um coro uníssono. Ária.
Harmonia: Harmonia é a relação vertical das notas que são executadas num mesmo momento e/ou pode ser compreendida como "combinação inteligível de várias alturas soando ao mesmo tempo". Cada combinação forma um acorde; a harmonia é a lógica da formação e sequência dos acordes. 
A palavra MÚSICA deriva de "arte das musas" em uma referência à mitologia grega, marca fundamental da cultura da antiguidade ocidental.
No entanto muitos estudiosos procuram as origens da música nos períodos anteriores da história do homem, ou seja, na pré-história. A maioria acredita que é muito difícil conceber como os "homens das cavernas" entendiam a música, pois não deixaram vestígios arqueológicos a respeito do entendimento dos sons, fato que permite muita especulação a respeito.
No entanto, a possibilidade de imaginar a música em sociedades Pré-históricas é mais plausível do que se imagina, pois, utilizando os conceitos predominantes na sociologia, encontramos ainda hoje sociedades que vivem na pré-história, em um nível de organização social que não atingiu o estágio de civilização. O exemplo mais fácil para nossa percepção são os indígenas brasileiros, que, na maioria dos casos, vivem ainda no período neolítico, com o desenvolvimento de uma agricultura rudimentar e organização social tribal.
Dessa maneira podemos perceber que o homem na pré-história produzia uma música com caráter religioso, mágico, quer dizer, ritualístico, batendo as mãos e os pés, com um ritmo definido, agradecendo aos deuses ou buscando sua proteção para a caçada ou guerra. No mesmo período os homens passaram a bater na madeira, produzindo um som ritmado, surgindo assim o primeiro instrumento de percussão.
Se estudarmos com cuidado a mitologia dos povos, perceberemos que todo o povo tem um deus ou algum tipo de representação mitológica ligado à música. Para os egípcios, por exemplo, a música teria sido inventada por Tot ou por Osíris; para os hindus, por Brama; para os judeus, por Jubal e assim por diante, o que prova que a música é algo intrínseco à historia do ser humano sobre a Terra e uma de suas manifestações mais antigas e importantes.
A música também faz parte da vida social da humanidade. Ela influencia culturalmente o comportamento das pessoas, mexe com as emoções e sentimentos, afetando a própria razão, determinando padrões de vida e alterando os rumos da sociedade. Essa é uma realidade! A música  tem o dom de tocar o centro da sua existência. Alcança as pessoas como um todo, impõe seu comportamento, seu jeito de ser.
Georges Snyders, no livro “A escola pode ensinar as alegrias da música?”, na página 80 diz que a música pode assumir proporções de violenta dominação opressora, despertando dentro de nós forças desordenadas, indistintas e põe em movimento forças subterrâneas levando a pessoa ao próprio caos. Medo, crueldade, angustia, sensualidade trazem um misto de encanto e tristeza que são facilmente suscitados pelas tempestades musicais. Por outro lado, temos músicas que, mesmo depois de décadas, nos lembramos com alegria e cantarolamos nos momentos de grande alegria. Há músicas que nos tiram do ostracismo e fazem-nos pessoas sorridentes e agradáveis. Porquê? Porque falam de vida, de esperança. Vêm de encontro aos nossos anseios, e nos elevam a um mundo de fantasias e probabilidades, nem sempre visíveis no cotidiano.
Várias experiências científicas já foram feitas comprovando a influência da música sobre o corpo e a mente. Até mesmo plantas e animais são afetados e tem seu desenvolvimento alterado pela ação da música. Então você não pode esperar que uma pessoa que escuta frequentemente qualquer tipo de música continue do mesmo jeito. Ela será atingida na sua vida sentimental, social, emocional e espiritual.
Imagine um filme sem música: as cenas de terror não causariam tanto medo, as cenas de ação não produziriam tanta adrenalina, as cenas de humor não produziriam tanto riso, as cenas de emoção não fariam brotar tantas lágrimas, as cenas de amor não fariam bater mais forte tantos corações apaixonados. Na verdade, parece que um mundo sem música seria como um mundo sem cor.
Sendo a música um poder tão abrangente, ela é alvo do interesse de vários seguimentos como a política, religião, comércio, mídia, entre outros.
Muitos jovens tem o gosto musical distorcido. É impossível que uma pessoa escute determinados tipos de música durante dias a fio, sem nenhum conteúdo moral, ou mesmo pobre em sua concepção musical, influencie positivamente as pessoas a sua volta.
A questão não é ser liberal ou conservador. O fato é que precisamos ter uma consciência de que como habitantes do planeta no século XXI, não somos obrigados a gostar de música de mil anos atrás ou, daquela música que está "estourando nas paradas de sucesso". Precisamos, sim,  estar atentos para o tipo de música que estamos consumindo e apreciando. 
A MÚSICA É UM FIO QUE TECE NOSSAS VIDAS. 

Fontes: Wikipédia, Fernando Lopes de Melo (http://www.musicaeadoracao.com.br) 

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