sábado, 16 de junho de 2012

GRANITE

 DOOGIE WHITE AND LA PAZ



     Granite é o primeiro álbum do La Paz, banda de Doogie White (Rainbow, Yngwie Malsmteem, Cornerstone, Tank ). A faixa “Just For Today” foi liberada para promover o álbum e pode ser ouvida por streaming no seguinte link: soundcloud.com/henk-dee/just-for-today.  
     Segundo Doogie: “ ‘Just For Today’ foi a primeira de três músicas novas que compusemos para esse álbum depois de muitos anos. O refrão praticamente se escreveu sozinho.”  
     O La Paz surgiu na cidade de Lanarkshire, Escócia, no verão de 1984 por Chic McSherry (guitarra), Doogie White (vocal) e Alex Carmichael (baixo). Com forte influência do Hard Rock do Deep Purple, Rainbow, Journey, Gary Moore, entre outros, a banda mostrou um grande entrosamento e já no primeiro ensaio resolveram formar uma trupe para cair na estrada.   
     Quem chegou para compor a banda foram o tecladista Andy Mason e, após muitas idas e vindas de bateristas, quem se firmou na batera foi Paul MacManus.
      Depois de muitos shows ( chegaram a fazer até cem por ano ) e inclusive matérias na prestigiada revista inglesa Kerrang! a banda conseguiu um contrato com uma gravadora que acabou não dando certo por razões não explicadas até hoje. Isso os prejudicou e em 1988 a banda encerrou as atividades.  
     Doogie parte então para Londres e fez parte do Midnite Blue, Rainbow, Cornerstone, Yngwie Malmsteem e está atualmente no Tank.  
     Em Janeiro de 2008, pediram a Doogie que fizesse um show acústico em Glasgow para comemorar o aniversário de uma rádio e o vocalista entrou em contato com Chic McSherry. Isso fez a vontade de tocarem juntos ganhasse força e eles decidiram reunir o La Paz para uma série de shows. Essas apresentações foram um sucesso e assim foi decidido que um álbum seria gravado com todas aquelas músicas que sempre foram tocadas ao vivo.  
     O álbum foi lançado em janeiro de 2012 na Europa e em março nos EUA.
     Doogie White dispensa comentários. Quem conhece o trabalho do cara, sabe do que o homem é capaz de fazer. Depois do álbum lançado com o Rainbow, Stranger In Us All e dos maravilhosos Human Stain e Once Upon Our Yesterdays com o Cornerstone, Doogie não deixa dúvidas quanto ao seu talento. Sempre fez trabalhos primorosos por onde passou e mais uma vez, não vacilou.
     Preciso recomendar?

Track List:

1. Too Good To Lose
2. This Boy
3. Lesson In Love
4. Amy
5. Just For Today
6. What Do You Say
7. Still In Love
8. Young And Restless
9. Shame The Devil

LONGE LIVE TO CORNERSTONE!!

Once Upon Our Yesterdays
     O Cornerstone é uma daquelas bandas que parecem conhecer bem aquele ditado que diz: “Em time que está ganhando não se mexe”, pois é impressionante a evolução e a qualidade musical que vem apresentando este que deveria ser apenas mais um projeto alavancado por Steen Mogensen, baixista do Royal Hunt e Doggie White, vocalista da banda de Yngwie Malmsteen e responsável pelo fantástico trabalho vocal em "Stranger In Us All", último álbum lançado pelo Rainbow de Ritchie Blackmore. Aliás, muitos dos que não conhecem os trabalhos de Doogie com exceção deste com Blackmore e, que conhecem os álbuns anteriores do Rainbow com Dio, se dizem sempre, fascinados pela potência e harmonia vocal do cara.
     Ouvindo a este novo cd “Once Upon our Yesterdays”, notamos que o resultado se mostra bastante satisfatório e por que não dizer acima da média, proporcionando aos fãs do estilo, uma digna seqüência do caminho escolhido pelo Cornerstone.
Imagem
     O Cornerstone consegue, e muito bem, mesclar em seus trabalhos vários elementos e sonoridades que lembram outras bandas consagradas no cenário, como é o caso do Deep Purple, Black Sabbath e Rainbow principalmente.
     Fica muito claro o entrosamento e a consistência firme da banda, já que todos os envolvidos neste trabalho não decepcionam e se mostram músicos competentes, isso se levarmos em conta os pouco conhecidos como é o caso do guitarrista Kasper Dangaard, e do ótimo baterista Allan Sorensen que já havia tocado como músico convidado no Royal Hunt, e que por sua vez, empresta sua técnica refinada colaborando no brilhante resultado do cd.
     O álbum se mostra bem coeso, mas as faixas que podemos destacar são:
     As pesadas When the Hammer Falls, 21st Century Man e Scream.
     As belas Some Have Dreams e Man Without Reason.
     A sombria Once Upon our Yesterdays.
     Para finalizar, Steen Mogensen mostra que além de tocar muito bem seu instrumento, também não decepciona como produtor e com certeza ainda dará muito o que falar como tal.
     A gravação é excepcional, pois, todos os instrumentos tocados pelos músicos da banda, soam de maneira extremamente límpida, um feito que quase sempre não é encontrado em bandas do 1º escalão do rock mundial. Muitas ainda trabalham na idéia de que o rock mais apreciado é o rock meio "sujo", expressão esta, bem conhecida na cena rock mundo a fora. A contramão feita pelo Cornerstone prova que tem muita gente errada por aí.
     Que venham mais! Longa vida ao CORNERSTONE!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

HUMAN STAIN - CORNERSTONE

     Cornerstone é um projeto alavancado pelo baixista do Royal Hunt, Steen Mogensen, e o ex-vocalista do Rainbow, de Yngwee Malmsteen  (entre outros tantos projetos) Doogie WhiteHuman Stain é o segundo CD da dupla cujo som pode ser descrito como uma mistura de Hard Rock na linha Deep Purple e Rainbow com Metal Melódico e Progressivo.  
     O que se pode esperar disso? Nem é preciso comentar sobre Doogie White, ainda mais nesse hard rock melódico que ele domina com tanta sabedoria e conhecimento. O currículo construído pelo cara fala por si só. Uma entidade do rock.
     Human Stain é um disco de Hard Rock Melódico recheado de canções cativantes com técnica apurada, no qual convivem em perfeita harmonia elementos do progmetal (mais evidentes nos teclados), guitarras pesadas, que em alguns momentos beiram o metal melódico, e um feeling que nos remete ao Hard Rock dos anos 70 - mérito da voz de Doogie White. Ele está simplesmente perfeito neste disco, o primeiro gravado após uma operação nas cordas vocais realizada em 2001. Aliás, por todos as bandas por que passou ele, conseguiu desempenhar um ótimo trabalho – até consigo ver Doogie à frente do Iron quando Bruce deixou a banda. Ele chegou a ser aprovado na audição, mas optou, por ser fã do cara, ficar com Ritchie Blackmore na nova composição do Rainbow que terminaria três anos depois. Dificilmente Bruce Dickinson teria voltado ao posto.
Imagem
     Voltando ao Cornerstone, além de cantar, Doogie White escreveu as letras para “Human Stain” enquanto Steen Mogensen cuidou da produção do CD e foi o responsável por todos os arranjos das canções - ele criou linhas de baixo bastante interessantes. Desde de o início do álbum nota-se que a dupla está afiada. Entre os destaques estão a faixa de abertura “Unchosen One”, que reúne na dose certa todos os elementos do álbum: vocal e cozinha com cara de anos 70, teclados progressivos e guitarra melódica. “Some People Fly”, “Future Rising” e “Midnight In Tokyo” (na minha humilde opinião, a melhor do álbum. Rápida, ótimos riffs e uma cozinha e baixos pesados) seguem na trilha do Deep Purple, enquanto “House of Nevermore” lembra o Rainbow. Essas são apenas referências notadas nas canções, que devem ser vistas como influências, não significando que elas sejam cópias das bandas citadas. Já quando se trata de “Forever Young” não podemos dizer o mesmo, ela é inspiradíssima em “Kashmir” do Led Zeppelin. Os dois compositores também acertam nas ótimas baladas “Sail On Stormy Waters”, “Singing Alone”(Doogie mostra porquê é considerado um dos melhores do mundo) e “Resurrection Sympathy”. 
     Enfim, “Human Stain” é um álbum para aqueles que consideram ter bom gosto musical e que com certeza irão se deleitar nos mais de 50 minutos de puro talento oferecido por músicos do mais alto gabarito.
     Eu não poderia deixar de citar aqui, que conheci este fantástico trabalho do Cornerstone através de um grande admirador da cena rock e amigo Cristiano Bonfim, de Juiz de Fora, quando eu realmente procurava um som novo e que, principalmente convencesse.
     E Cornerstone convenceu!!    
     Recomendadíssimo!!!

Track List:
01. Unchosen One
02. Wounded Land
03. Some People Fly
04. Singing Alone
05. Future Rising
06. House Of Nevermore
07. Midnight In Tokyo
08. Sail On Stormy Waters
09. Resurrection Sympathy
10. Forever Young

Banda
Dougie White (Vocais)
Steen Morgensen (Baixo – Teclados)
Kasper Damgaard (Guitarras – Violão)
Allan Sorensen (Bateria – Percussão)
Rune Brink (Teclados adicionais)
Kenny Lubkce (Backing Vocals)

terça-feira, 27 de março de 2012

LIQUID TENSION EXPERIMENT - A fantastic journey into the world progressive

     Bom, acho que já deu pra perceber que ando um tanto quanto, "atrasado" ultimamente, postando comentários sobre álbuns que já fizeram história. Mas se tiveram o mérito de fazer história, porque então não falar deles? Afinal, o jornal só é velho se a notícia estampada ainda não é do seu conhecimento... 
     Não sei o motivo pelo qual a mãe natureza, vez e outra me presenteia com bandas maravilhosas. Chego, por muitas vezes, sentir-me um privilegiado por ter escapado a música reservada aos meros mortais. Há músicos que tenho certeza, não nasceram para serem ouvidos por qualquer um (hehehehehehe!!).
     Outro dia, depois de pela décima não sei quantas, assistir ao G3, Joe Satriani, John Petrucci e Steve Vai, resolvi dar uma garimpada pelo nosso mano YouTube e, apesar de já ter curtido o áudio, me deparei com esta preciosidade chamada Liquid Tension Experiment. Há dias venho pensando em postar algo desse cara fantástico chamado John Petrucci e este achado não poderia ser em melhor momento. 
     Gravado em New York, a trupe que comanda é a melhor possível, contando com os maiores nomes da atualidade nas guitarras, bateria e teclado. 
     John Petrucci (Guitars), Mike Portnoy (Drums), Tony Levin (Bass, Chapman Stick) e Jordan Rudess (Keyboards), durante 2 horas e oito minutos, mostram toda a sua gama de recursos técnicos e improvisações, 
     Acomode-se, e deleite-se. Eis aí um show memorável.





NIGHTWISH - IMAGINAERUM


     Para alguns o álbum já é passado e o que se espera é. na verdade, o que está sendo preparado para o novo, que sinceramente, acredito que demorará bastante. 
     Falo aqui do álbum IMAGINAERUM, lançado em 30 de novembro do ano passado na Finlândia pelo tão conturbado e badalado NIGHTWISH
     Ouvir IMAGINAERUM é como um happy hour de sexta-feira, naquela semana em que tudo foi ótimo no trabalho e na vida pessoal. O álbum, aguardado com imensa ansiedade pelos fãs e por todos aqueles que apreciam o bom e velho rock'in roll, não se importando com que trajes ele se apresenta, realmente não decepcionou. 
     Sei que é chato, muito chato, ficar batendo na tecla de que o NIGHTWISH já foi um com Tarja e agora é outro com Anette. São realmente fases distintas e não há como esquecer a grandeza da voz de Tarja. 
Anette se esforça e, quando assistimos os vídeos, dá pra perceber as limitações dela. Scaretale no estúdio ficou fantástica. No vídeo postado no site oficial, a sensação que temos é de que Anette vai sufocar ao tentar alcançar as notas mais altas da música. Excesso de shows? Cansaço? Vai saber...
     Mas voltando a falar do álbum, quem ainda não teve o prazer de ouvi-lo, realmente não sabe o que está perdendo. O cuidado que cercou a construção de  IMAGINAERUM não foi em vão. Produção impecável, a audição do álbum é um prazer quase sexual em alguns momentos. Faixas como Storytime, Slow love Slow e Scaretale, fazem valer a pena. Pela 1º vez comprei um álbum importado e pela net. Não me arrependo. Valeu cada centavo. 
      Dizer que o NIGHTWISH voltou a estar feliz é pouco. Depois de Dark Passion Play que não convenceu, a banda realmente voltou com um disco maduro, bem trabalhado, com ótimos arranjos e até mesmo a limitação vocal de Anette consegue passar despercebida, pois, o trabalho é muito consistente.
     A resenha é tardia, mas IMAGINAERUM não. Esse é um daqueles álbuns que ficam pra sempre num cantinho do seu rack ou seja lá onde for que você guarde suas tranqueiras. Mesmo que seja num momento "down", você vai querer ouví-lo na posteridade...
Pra essa galera cheia de preconceitos no mundo musical, essa dica não vale de nada. Mas para quem está sempre é com os ouvidos abertos, vale a pena curtir a rádio. Muito rock' in roll, 24 horas. http://www.zradio.org.listen/ 
Ah, e o som é santo... 88.3 H3 THE ROCK!!